Participação na pesquisa

Convidamos a todos os interessados sobre o tema a participarem no blog enviando comentários sobre suas observações diárias ou eventuais, suas experiências com as árvores da cidade, deixando seu depoimento sobre preferências de espécies, fatos e momentos da vida ligados a esses elementos urbanos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Outubro Rosa

Com o mês de outubro chegando ao fim, homenageamos o movimento mundial conhecido como Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama, de suma importância para o diagnóstico precoce e a conscientização do cuidado com a saúde da mulher. A paisagem da cidade atuou como um cenário perfeito para esta importante ação, contribuindo com colorações de rosa fornecidas pela floração de diversas árvores urbanas, como se a natureza deixasse sua cota de participação nesta nobre campanha. Cássias-rosa, ressaltadas em nossa última publicação, sapucaias, extremosas e patas-de-vaca salpicaram a paisagem outonal deste mês em variadas tonalidades desta cor, auxiliadas pelos ipês, protagonistas deste post.
Depois do nativo, que floresceu ainda no inverno, destacamos um ipê-rosa exótico, originário do Caribe, mas que se apresenta bem adaptado aos ares de nossa cidade. A espécie chama-se Tabebuia heterophylla sub pallida, e podemos distingui-la de outras espécies de ipê-rosa ou roxo nativas, pelo tom esmaecido de suas flores. O impacto menor da floração, no entanto, se dá menos em função de sua pálida tonalidade, que pelo fato dela apresentar, frequentemente, uma perda parcial de folhas, diferentemente da maior parte das espécies de ipê, que são mais chamativas por coincidir sua floração com a época da queda total de suas folhas, o que faz com que as copas assumam totalmente a cor de suas flores neste período.



Esta espécie apresenta uma boa resistência ao ar salino, o que indica sua adequação à área à beira mar do Parque do Flamengo, local onde se encontram os exemplares fotografados . Na foto de detalhe, vemos ainda o tom amarelado no centro da flor e seu formato tubular característico.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Cássia-rosa, de novo!

Caros seguidores de nosso blog, não foi possível evitar! Sabemos o que pode significar fazermos o terceiro post de uma mesma espécie em nosso blog, desde sua criação. Assumimos que, desta forma, estaremos amplamente suscetíveis a amáveis críticas de estarmos sendo parciais em nossa observação das árvores pela cidade do Rio de Janeiro. E... bem, não poderemos negar!

Mas, em nossa defesa virão, certamente, não apenas aqueles que compartilham de nossa paixão assumida, mas também, aqueles que se deram repentinamente conta da imponente e ao mesmo tempo, delicada árvore que habita seu espaço cotidiano, ou ainda, aqueles que se surpreenderam com a bela árvore, numa nova experiência arborescente. Preferimos correr o risco de nos tornarmos repetitivos, mas esperamos estar contribuindo ainda, para a descoberta de alguns. Como no ano passado, a floração das cássias-rosa este ano parece estar especialmente luminosa. Assim, fica difícil não termos nossos olhares atraídos pelos tons chamativos de um rosa suave, que, nesta estranha contradição, compõem uma forma majestosa de copa.


O destaque que trazemos para este post não é de um exemplar único, como nos anteriores. É de um harmonioso conjunto que viceja na rua Miguel Pereira, no Humaitá. Ao longo da via, por entre algumas outras espécies arbóreas, as cássias-rosa predominam na paisagem. Suas pequeninas flores respingam graciosidade pelo chão, aquarelando o concreto. A espécie – Cassia grandis – ocorre naturalmente nas florestas, da Região Amazônica ao Pantanal Matogrossense. Durante a floração, que acontece entre os meses de setembro e novembro, a árvore perde parcialmente suas folhas, o que reforça o impacto da coloração rosa de sua copa nesta época.