Participação na pesquisa

Convidamos a todos os interessados sobre o tema a participarem no blog enviando comentários sobre suas observações diárias ou eventuais, suas experiências com as árvores da cidade, deixando seu depoimento sobre preferências de espécies, fatos e momentos da vida ligados a esses elementos urbanos.

domingo, 23 de junho de 2013

Árvore-das-orquídeas

Nossa árvore de destaque da semana tem mostrado suas flores em tons rosa durante todo o outono, em vários locais de nossa cidade. Mas, atenção - não levem seu nome ao pé da letra! As reais orquídeas pertencem a um grupo de plantas com características bem diferentes das árvores. O nome pelo qual esta árvore é conhecida é devido à semelhança de suas flores com as das orquídeas, apresentando uma de suas pétalas com uma coloração diferenciada – tons purpúreos em seu centro -, dispondo-se ainda num arranjo similar. Ela também é conhecida como pata-de-vaca , em função de outra característica morfológica: suas folhas apresentam um recorte na extremidade terminando em duas pontas, numa forma similar à de cascos de vaca.




Sua espécie - Bauhinia blakeana - é um híbrido originário de Hong Kong, e foi introduzida no Brasil por Roberto Burle Marx, que a utilizou em projetos paisagísticos como o Parque do Flamengo e a Praia de Botafogo.  Desde então, tornou-se bastante usual na paisagem carioca, adequando-se bem ao nosso clima e ao paisagismo urbano. Sua floração acontece durante vários meses do ano, sendo mais intensa durante o outono e início do inverno. O exemplar da foto encontra-se na Praia de Botafogo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Verde e Azul

Eis aqui uma bela combinação na paisagem: vegetação e água, dois elementos naturais que nos fazem lembrar que nossas cidades também são natureza. A conjunção de verde e azul é um dos motivos pelos quais a paisagem da Av. Visconde de Albuquerque, no Leblon, é tão especial. Esta composição tem sido frequentemente citada por entrevistados em nossa pesquisa como uma paisagem carioca que se destaca pelo seu forte impacto visual.



Os tons de verde são trazidos pela figueira religiosa (Ficus religiosa), originária da Índia e 
introduzida em ares brasileiros no século XIX pelo paisagista francês Auguste Glaziou. O  porte imponente e a robustez do seu tronco contrastam com a delicadeza das folhas, facilmente identificáveis pela forma pontiaguda de seu ápice.

A componente azul vem do canal e nos faz devanear sobre a força essencial da água para a 
vida. Mas, em seguida, nos damos conta do descaso que nossa cidade enfrenta com a poluição de suas águas urbanas, gerando comprometimento do aspecto ambiental de suas paisagens e perda de qualidade de vida de seus habitantes!